“Eu não tenho namorada, por falta de confiança…” - Bill Kaulitz
Devido
ao seu estilo controverso, Bill sempre fez levantar algumas questões
relativas à sua orientação sexual. No entanto, o que ele deseja mesmo é
encontrar uma garota sensível como ele…
Quando tinha 8 anos a sua família mudou-se para o campo, para uma cidade de 700 pessoas. O que significou isso para você?
Bill: Não gostei, já nessa época eu não era um grande fã da vida no campo. Podem imaginar o quanto eu e o Tom nos destacávamos em qualquer lado onde fossemos. As pessoas olhavam para nós como se nós fossemos uma espécie de extraterrestres ou lunáticos. E para ir para a escola tínhamos de nos levantar às 5 da manhã e andar uma hora de ônibus e ver todos os dias as mesmas caras. Confesso que era um horror…
Bill: Não gostei, já nessa época eu não era um grande fã da vida no campo. Podem imaginar o quanto eu e o Tom nos destacávamos em qualquer lado onde fossemos. As pessoas olhavam para nós como se nós fossemos uma espécie de extraterrestres ou lunáticos. E para ir para a escola tínhamos de nos levantar às 5 da manhã e andar uma hora de ônibus e ver todos os dias as mesmas caras. Confesso que era um horror…
Como é que os professores reagiram ao fenômeno ‘Irmãos Kaulitz’?
Bill: O
Tom e eu estivemos sempre juntos até ao 7º ano, quando fomos separados
por razões disciplinares. Pois! De qualquer forma, estavamos sempre
conversando e eles diziam que não conseguiam nos controlar quando ainda
estavamos juntos.
Gostava de ir à escola?
Bill: Eu sempre soube que não precisava daquilo que a escola tinha para me oferecer porque eu queria ser músico. E porque os professores não me deixavam em paz, eu procurei saber os meus direitos enquanto estudante e eu sabia o que eles podiam e não podiam fazer. E por isso estava sempre protestando! Eu tinha professores que nem me cumprimentavam porque o meu cabelo era estranho e porque eu pintava as unhas de preto. E até me lembro de um professor que por causa disso não me queria dar aulas. Por isso, não, eu não gostava de ir à escola!
Então, no seu caso, podemos dizer que a música foi a salvação face a uma vida comum…
Bill: Claro!
Eu sempre quis viver numa grande cidade, para poder vaga e eu tenho um
medo mortal da rotina! É por isso que o conceito dos Tokio Hotel se
encaixa em mim como uma luva: tenho toda a liberdade que quero!
Os meios de comunicação estão sempre observando vocês. Isso não te incomoda?
Bill: Quando
eu era pequeno imaginava que tudo o que eu fazia estava sendo gravado
por uma câmara oculta. Eu sempre quis atenção. Agora tenho ela, por isso
porque é que me incomodaria?!
Tendo
em conta a sua afirmação anterior em relação à liberdade, as suas
roupas são uma declaração clara de que não está disposto a ceder…
Bill: Sim,
o fato de eu experimentar com o meu estilo significa que a minha
criatividade não pode ser censurada. Quero ser eu a decidir que imagem
transmito ao público. E por isso nunca recorri a um estilista. A idéia
de usar algo imposto por outra pessoa é horrível.
Ok, então nada de estilistas. Haverá, no entanto, um ícone da moda, ou uma fonte de inspiração para você?
Bill: Não,
nem isso. Existem algumas pessoas que me ajudaram a crescer e que me
deram novas ideias. Pessoas como Karl Lagerfeld. E no que diz respeito a
marcas, DSquared. E no que diz respeito a música e estilo, Steve Tyler
dos Aerosmith, que é brilhante!
Não falou do Adam Lambert. Ele fala muito de você nas entrevistas…
Bill: Sim,
também gosto do estilo dele, mas não quero que interpretem isso de
forma errada. Ele tem todo o direito de falar de mim, não tenho
problemas com isso. Até porque me eleva o ego (risos).
Por falar em gostar, achs que um dia haverá alguém na sua vida que competirá com o Tom?
Bill: Claro
que não! Não posso imaginar a minha vida sem o Tom! Entre nós há algo
que vai além dos sentidos. Muitas vezes partilhamos os mesmos sonhos, os
mesmos pensamentos. Nem precisamos de falar muito, entendemo-nos sem
usar palavras.
Que diferenças existem entre vocês?
Bill: Isso
é engraçado, por nós somos mesmo muito diferentes. Ambos temos
personalidades fortes, que podem ver em nossos estilos. Eu tenho um
estilo mais glamoroso, o Tom é mais rapper.
Com quem é mais parecido: com o Bill natural ou com o Bill estilizado?
Bill: Sem
dúvida com o estilizado, com maquilhagem e todo o resto. O Bill natural
não é muito diferente. Por outras palavras, eu andaria da mesma forma
mesmo se não fosse famoso. Mas isso não quer dizer que eu não goste de
passar o meu tempo de chinelos e roupão em frente à televisão…
Qual é a sua peça de roupa favorita?
Bill: Essa
é uma questão mesmo difícil, não existe uma peça de roupa sem a qual eu
possa sobreviver em tour. É por isso que ando sempre com 10-20 malas. O
meu guarda roupas parece uma loja. Eu sei que parece exagerado, mas eu
adoro!
Em cada concerto dos Tokio Hotel os fãs ficam loucos com você. Como é que isso te faz sentir?
Bill: Para
ser sincero não penso muito nisso. No entanto, existem momentos em que
mal posso acreditar que alguém tem um poster nosso na parede. Eu fazia o
mesmo com os meus ídolos quando era mais novo…
O que é mais chato quando se é o Bill Kaulitz?
Bill: O
maior problema que têm as pessoas como eu é confiar nos que os rodeiam.
Para mim é muito difícil. Deve ser por isso que nos últimos anos não
tenho feito muitos amigos, ou não me apaixonei por alguém. Quando
conheço alguém, sou muito cuidadoso e cético. É uma porcaria, mas é uma
das consequências deste estilo de vida.
Então, não tem uma namorada?
Bill: Não,
ainda estou à espera daquela pessoa especial da qual falo há anos. Boa
sorte para mim, ainda sou novo (risos). Mas o tempo corre e por isso
tenho de me apressar.
Mas quando as coisas correm bem e você consegue uma ligação, de que tipo de relação gosta?
Bill: Apesar
de poder parecer estranho eu sou uma pessoa emotiva e sentimental…
gosto de tentar perceber como a outra pessoa pensa e se sente. Dessa
forma evito as discussões e os confrontos.
Surpreende você que algumas pessoas achem que é gay?
Bill: Não.
Alguns acham apenas porque é um clichê: a maquilhagem e o cabelo, então
é gay. Mas não é esse o caso em todas as situações, pelo menos não é o
meu caso. Cada um apresenta-se como quer e isso não tem nada que ver com
a orientação sexual.
Que tipo de namorada você quer?
Bill: Tem
de ser inteligente, para que possamos falar sobre tudo. Quero que
sejamos amigos, companheiros e não apenas amantes. E eu não gosto de
meninas duronas, gosto da feminilidade, da delicadeza e do bom senso!
Você se mudou para os EUA, é o primeiro passo para conquistar o mundo?
Bill: Ah
ah, sim, também se trata disso. Queremos alargar os nossos horizontes,
fazer um novo álbum, muito mais moderno. Em breve poderão ver o
resultado, prometo! De qualquer das formas, nós gostamos muito, eu vou
com o Tom aos parques de diversões, jogamos tênis, e apreciamos o
anonimato noutro continente. Por isso aproveitamos o mais que pudemos.
Quem sabe, talvez aqui eu aumente as minhas possibilidades de conhecer
alguém….
FATOS LEGAIS
O
lema do Bill: “Lembrem-se sempre, acreditem no presente, acreditem no
amanhã, acreditem em vocês. Acreditem sempre naquilo que fazem.”, é o
que ele repete em cada concerto.
Não
sei se já tinham reparado mas o Bill não dança! “Eu não gosto de
dançar, prefiro ficar em um canto. Faço-o algumas vezes, mas apenas se
já tiver tomado algumas bebidas. Eu acho que dançar é mais coisa de
garotas, eu sei, é um clichê…”
O Bill é vegetariano, tal como o Tom. “Aprendi a apreciar pizza e massa (os seus pratos favoritos) sem qualquer tipo de carne.”
Experiências
traumáticas, consequência da fama. “Alguém assaltou a nossa casa na
Alemanha, e isso me assustou muito.” Por coisas como estas, mudaram-se
para Los Angeles, um local mais seguro para as celebridades.
O
Bill foi submetido a uma cirurgia nas cordas vocais há 3 anos atrás.
Apesar disso, o vocalista regressou rapidamente aos palcos e aos seus
fãs.
O
divórcio dos seus pais foi muito duro para ele, coincidiu com a mudança
dos gêmeos para a província. Ainda bem que os artistas têm a
possibilidade de descarregar os seus sentimentos no seu trabalho, e foi
isso que o Bill fez com a música “Gegen Meinen Willen”, no seu primeiro
álbum.
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