terça-feira, 3 de agosto de 2010

Estlo Tokio hotel

Ambíguos, simbióticos, idolatrados: A revista A encontrou-se com os gémeos Kaulitz, líderes dos Tokio Hotel. E ficou a saber que eles sonhavam com a mesma bruxa.


“Se o nosso trabalho fosse um trabalho normal, poderíamos despedir-nos; mas nós somos os Tokio Hotel: em palco, dia e noite, nos nossos sonhos.” As palavras de Bill Kaulitz, um gótico alemão e líder da banda, soa adolescente, mas confiante. Eles são convincentes que chegue para enredar os jovens: uma geração de raparigas está aos seus pés, mas um bom número de mulheres de 20, 30 e 40 anos daria tudo para “respirar o mesmo ar que eles”. Uma parte da multidão fica louca e chora em Catania: hoje, os gémeos Bill e Tom Kaulitz (vocalista e guitarrista entre os 4 membros do grupo) são convidados no último programa do TRL On The Road, o programa da MTV orientado para a camada mais jovem (que irá retomar em Milão no dia 13 de Setembro). E eles, os “loucos por Tokio Hotel”, estão lá. Com os seus biquínis e borbulhas, 17 horas antes dos seus ídolos chegarem (eles não vão actuar, vão apenas dizer “Olá Catania” e depois assinar 300 autógrafos).



Em lugares perto do palco as adolescentes começam a desmaiar devido ao calor e à emoção. Mostram o DVD Humanoid City Live, filmado durante o concerto dos Tokio Hotel em Milão: saiu esta manhã e muitas raparigas acamparam em frente à Feltrinelli toda a noite para o conseguir. Raparigas agressivas, tal como é uma fã de um semi Deus. Na verdade, é isso que os gémeos parecem, inalcançáveis, extraterrestres.

No entanto, na sala de entrevistas, Bill Kaulitz é apenas um descontraído rapaz de 20 anos. O seu sorriso é apertado, os seus longos dedos, enfeitados com verniz negro movem-se de forma repentina. Mas o estilo é impecável, aquele que eles precisam para promover o seu produto ( 3 milhões e meio de discos vendidos), para conseguir a concordância do management para continuar. Para que cada fã confirmada nos tais 3 milhões se sinta livre de sonhar.

Primeiro: uma relação simbiótica entre os gémeos Bill e Tom. “Sentimos as mesmas coisas como se vivessemos em ambos os corpos,” diz Tom. Ele representa o tipo sedutor, determinado no seu look urbano completo com as suas tranças, piercings e calças de rapper. “Como naquela vez em Berlim, quando me telefonas-te a dizer para ter cuidado,” lembrou Bill, “e depois acabei por ter o acidente.” Dia e noite, “tinhamos o mesmo pesadelo todas as noites”. Ouvimos “uma bruxa feia e má que matava os nossos pais,” dizem juntos. Agradável por fora, doce por dentro, tal como uma Bola de Berlim.

Segundo facto: Bill é heterosexual, ou talvez não. “Os fãs que ainda se perguntam se eu sou gay ou não, aborrecem-me,” diz ele. Abana a cabeça. Pisca os seus olhos de gato, uns olhos esfumados magnéticos tão infinitos na palidez da sua face. “Gosto de maquilhagem desde criança e do David Bowie, mas isso não quer dizer que também goste de homens”.

Terceiro facto: Bill é o romântico, Tom é o playboy. “Às vezes tenho inveja do comportamento dele perto das raparigas,” explica Bill. “O tempo que estou na Terra é pouco demais para o gastar com a pessoa errada”. Por isso o jovem extraterrestre do rock pratica a abstinência desde os 14 anos. Tom, pelo contrário…“Eu arrisco”, diz ele. Para aquelas que conseguem ver o seu Príncipe Encantado nos dois (parece que o “bastardo” parece ter mais sucesso que o bom rapaz, como sempre).

Bill afirma: “Eu não consigo chegar ao pé das fãs e dizer: “Tu, tu e tu no meu quarto. Mas ele consegue.” Tom sorri. O mesmo sorriso que nos mostra quando relembramos a sua overdose de Viagra em Maio de 2010, durante a tour asiática. “Foi horrível, ficou tudo enevoado, perdeu a graça”, disse ele ao tablóide alemão, Bild.

“Começámos com os Tokio Hotel quando tinhamos 15 anos: cedo demais para não se cometer erros”, sugere o seu gémeo. Por exemplo? “Beber demasiado álcool. Estávamos a crescer, talvez nos devessemos ter preocupado com o efeito das nossas acções nos jovens.” Apesar de muitas destas raparigas terem crescido também: muitas delas, que adoravam a primeira fase emo rock da banda, não gostaram da reviravolta electrónica e da nova vestimenta do novo álbum, Humanoid. “Nem as letras têm o mesmo efeito,” afirma Serena, 34 anos, que saiu de uma depressão pós-parto graças aos Tokio Hotel.

A resposta dos gémeos é a mais óbvia: “Nós evoluímos. É melhor falar sobre a música do que sobre a vida privada,” diz Tom, mas nem ele parece acreditar nisso. “Às vezes eu gostava de fazer algo louco, sem ter os meios de comunicação logo fixos em mim,” acrescenta Bill. Se tu és um Kaulitz, é impossível para ti sair com os amigos sem guarda-costas. “Os fãs reconhecem-me mesmo quando me tento esconder, com óculos de sol e chapéus. Eu acho que até já me reconhecem pela ponta do meu nariz.” “É difícil uma pessoa apaixonar-se como é o sonho dele,” diz Tom. Pena que quase todas as letras deles falem de amor. “Mas o amor está em todo o lado, basta que abras os olhos”. Bill abre os braços. “Eu tenho sempre o meu portátil comigo, caso surja a inspiração.”


Creditos Freheit89

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