segunda-feira, 24 de maio de 2010

One Shot - "Goodbye my little brother

Naquela noite a chuva caía copiosamente e não se via uma única estrela no céu.


No hospital de Hamburg, na Alemanha, Tom Kaulitz estava sentado numa cadeira ao lado da cama do irmão gémeo, Bill Kaulitz.

Bill estava serenamente adormecido. Tinha sofrido um AVC à dois meses atrás e desde essa altura que estava deitado naquela cama de hospital morrendo aos poucos e poucos. Já não havia uma única réstia de esperança para ele e por isso mesmo a sua mãe e Tom decidiram acabar de vez com o seu sofrimento.

Às 10 horas daquela noite a máquina que mantinha Bill vivo iria ser desligada.

Simone, a sua mãe, preferira não ficar dentro do quarto a assistir à morte do seu próprio filho porque tinha medo de não conseguir aguentar e ser egoísta ao ponto de manter o seu filho vivo mas a sofrer não deixando que a enfermeira desligasse a máquina.

Mas Tom decidira ficar e acompanhar os últimos minutos de vida do seu irmão.

Eram 21:55. Faltavam cinco minutos.

Tom não sabia se Bill o poderia ouvir, mas falou na mesma:

-Lembras-te daquela vez em que me deixaste um olho negro quando andámos à luta com as frigideiras da mãe por causa daquela rapariga... como é que ela se chamava?... a Joanne?... sim, era Joanne. Fogo estavas mesmo enervado!

Meu Deus, sempre foste tão casmurro e senhor do teu nariz! Davas muitas mais dores de cabeça à mãe do que eu!

E na escola os outros não gostavam de nós, mas depois quando ficámos famosos já nos queriam conhecer! Ah bem que os lixámos mano!

E depois uns anos mais tarde veio aquela tua namorada que te disse “Ou eu ou o teu irmão”. Oh como nós a mandámos para o raio que a parta! Foi mesmo lindo! Ainda hoje me lembro da cara dela naquele dia como se fosse ontem!

Porquê Bill? Porquê que isto te foi acontecer? Porquê que isto nos foi acontecer? Nós não merecíamos isto! Sem ti eu não sou nada! Não sei como vou viver a partir daqui! Sair por aquela porta lá em baixo sozinho, encarar os jornalistas sozinho, ir às compras sozinho, comer sozinho… Passar o resto da minha vida sozinho!

Mas eu sei, eu sei que tu vais para um sítio melhor. Vais ser novamente o Bill, e um dia eu encontrarte-ei lá nesse sítio e voltaremos a ser novamente os gémeos Kaulitz! Bill eu amo-te e nunca ninguém nos vai destruir! Um dia seremos novamente um só, mas até esse dia chegar não sei como vou viver, ou até se vou conseguir viver. Eu sei que te prometi que acontecesse o que acontecesse eu nunca iria desistir, eu prometi e vou cumprir, mas não vai ser fácil, tu sabes que não vai ser fácil.

Vou ficar a contar os dias até ao dia da minha morte, até ao dia em que Deus nos vai voltar a juntar. Espero que não demore muito.

Tom aproximou-se mais de Bill e ficou a olhar atentamente para a cara do seu irmão durante alguns segundos. O ser que o completava estava prestes a desaparecer e com ele levaria metade da sua alma. Uma lágrima caiu no rosto de Bill e Tom viu-a descer até ao pescoço do seu irmão onde secou e desapareceu. Tom aproximou os seus lábios da face de Bill e deu-lhe um beijo abraçando-o logo de seguida. Permaneceu abraçado a ele até a enfermeira entrar no quarto. Tom soltou Bill cuidadosamente e sentou-se direito na cadeira enquanto olhava para a enfermeira que se aproximava lentamente da máquina a que Bill estava ligado. Quando a enfermeira tocou no botão da máquina Tom olhou para Bill e viu-o morrer serenamente. A outra máquina que media a pulsação do coração parou de apitar e o som passou a ser constante. Tom deixou cair mais uma lágrima e ficou a olhar para o seu irmão.





Esse texto e de AF ksl
Blog:Confissões de uma Adolescente (que por acaso é maluca pelos Tokio Hotel ;-)


Gente isso tudo de ficticio.

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